Com apenas 4 anos, Beatriz* já tinha um diagnóstico preocupante de cáries que a fez, inclusive, perder os dentes da frente devido ao problema. Com fortes dores, a pequena tinha dificuldades para comer e sofria com a baixa autoestima, não sorria e quase não conversava.
Para solucionar o problema da filha, Bruna* procurava por um tratamento gratuito em universidades, mas nunca conseguia realizar todo o procedimento. Até que a organização, cadastrada no Programa Adotei um Sorriso, da Fundação Abrinq, na qual Beatriz frequenta percebeu o problema e prontamente acionou a Fundação.
Por meio do programa, Beatriz foi encaminhada para Rada El Achkar, cirurgiã dentista e voluntária amiga da criança há 16 anos.
“A Beatriz chegou para mim depois de ter passado por diversos profissionais, mas não conseguia terminar o tratamento. Ela tinha vergonha de sorrir, não queria conversar e nem ir para a escola mais, não conseguia comer, sendo que o sonho dela era comer maçã”, relata a profissional.
Sem pensar duas vezes, a voluntária iniciou o tratamento com o objetivo de ajudar Beatriz voltar a sorrir e realizar o sonho de comer maçãs sem sentir dor. O procedimento, que durou quase 2 meses, incluiu desde a limpeza e remoção das 9 cáries diagnosticadas, até a orientação familiar sobre escovação e alimentação adequada.
Para devolver a autoestima da Beatriz, Rada também colocou quatro implantes temporários — até que os dentes permanentes nasçam e eles não sejam mais necessários.
“Quando eu mostrei o espelho, ela ficou muito feliz. Eu acho que consegui devolver um pouco daquilo que ela procurou no consultório. É uma sensação muito boa!”, conta Rada.
Com o apoio que recebeu da organização, voluntária e Fundação Abrinq, Bruna conta que a filha agora está muito feliz e continua frequentando a dentista para realizar o acompanhamento. Inclusive, já deixou a próxima consulta agendada para dezembro.
“Foi muito importante esse apoio, porque eu não ia ter condições de fazer o tratamento. A doutora é muito educada e a Beatriz não é aquelas crianças choronas. Ela nunca chorou muito ou fez escândalo para arrumar o dentinho”, conta Bruna com orgulho da filha.
“Eu estou muito feliz e desejo que o programa ajude mais e mais pessoas que precisam”, completa Bruna, feliz pelo resultado obtido.
Já para a voluntária Rada o que importa é que Beatriz está feliz novamente: “Não tem nem explicação. Parecia que era eu quem estava ganhando o tratamento. É muito gratificante. Eu acho que vale a pena aquele tempo que temos, às vezes ocioso, atendermos quem precisa. É um retorno emocional muito gostoso”, finaliza a voluntária, ao dizer o porquê todos os profissionais da saúde deveriam realizar atendimentos voluntários.
Programa Adotei um Sorriso
Desde 1997, a Fundação Abrinq, por meio do Programa Adotei um Sorriso, promove o acesso à saúde para milhares de crianças e adolescentes pelo Brasil. Para isso, conta com profissionais da saúde que atendem de forma voluntária as crianças e os adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Saiba mais em https://www.fadc.org.br/o-que-fazemos/programa-adotei-um-sorriso.
* Nomes fictícios para preservar a identidade da família.