Natural de Itiúba – BA, Luiz enfrentou adversidades em sua vida desde cedo. Quando ainda era criança, sua mãe foi vítima de feminicídio provocado pelo próprio marido, pai de Luiz. Tal acontecimento fez com que a criança não tivesse as condições de desenvolvimento adequadas, sem o apoio familiar necessário. Ele começou a viver com a avó, que trabalhava em casas da região. No entanto, o dinheiro que conseguia para passar o mês era pouco para dar conta das necessidades básicas da família.
Aos 12 anos, ele começou a integrar as atividades do Lar Santa Maria, influenciado pela própria comunidade. Por meio do apoio recebido na instituição, passou a entender cada vez mais tudo que tinha acontecido com ele.
“Nós fomos acompanhando a situação dele até os 12 anos. Inclusive, a comunidade também ajudava ele e a avó com cestas básicas, para que não faltasse nada. Logo que o convidamos para participar das atividades da instituição, ele prontamente aceitou. Acredito que foi fundamental entrar no Lar Santa Maria e participar dos projetos”, afirma Mercedes Del Castillo, responsável pela organização.
“Quando o Luiz chegou aqui, reparamos que ele tinha certa dificuldade com o aprendizado dentro da instituição, além de apresentar alguns problemas de comportamento. Por isso, conversamos com a equipe e fizemos um acompanhamento direto para que tanto ele quanto nós pudéssemos entender os comportamentos dele e como melhorar. Ao chegar, ele ficava bem isolado e fazia publicações na internet, com amigos, onde tinha planos para cometer suicídio em até um ano”, relata Danilo Santos, assistente da instituição.
A Fundação Abrinq realizou o repasse financeiro para auxiliar nas atividades da instituição que atua nos eixos de trabalho infantil e de proteção.
Desta forma, o Lar Santa Maria conseguiu contratar educadores e uma equipe técnica para o desenvolvimento de ações de conscientização e educativas, como oficinas e rodas de conversa, para proteger as crianças e os adolescentes em relação a diversos temas que podem afetar sua saúde física e mental. Uma psicopedagoga da equipe técnica também dialogou e conscientizou representantes das escolas e das famílias das crianças e dos adolescentes participantes.
Hoje, Danilo afirma que Luiz recuperou consideravelmente a alegria em seu dia a dia. Na organização, o adolescente teve aulas de informática, cidadania e apoio psicológico. Isso o ajudava a pensar melhor sobre como a vida funciona, além de ressaltar como Luiz é importante para todos ao seu redor.
Luiz segue em atendimento na instituição, hoje com 15 anos. Mais participativo nas atividades do Lar Santa Maria, segue na escola durante o período da tarde e afirma que quer fazer um curso universitário no futuro, mas ainda não tem certeza sobre qual carreira seguir.
Clique aqui para doar e ajude a transformar mais histórias de tantas crianças e adolescentes espalhados pelo Brasil. Sua doação faz a diferença!