Natural de Brasília e morador da região administrativa de Incra 8, Luciano* nasceu com uma condição neurológica chamada ataxia, que prejudica a coordenação dos movimentos voluntários do corpo. Diante disso, o pequeno convive, desde cedo, com dificuldades de locomoção e para realizar movimentos básicos. Além disso, também passou por uma cirurgia cardíaca para corrigir uma situação em que o coração estava com um tamanho maior do que o normal, causando problemas na circulação sanguínea.
Segundo os médicos, para o desenvolvimento motor de Luciano, seria muito interessante que ele fizesse algum tipo de atividade física, como aulas de capoeira. E foi aí que, aos 4 anos, ele conheceu o Coletivo Àsé Dúdú, que tem sua sede em Ceilândia – DF, a 18km de distância do Incra 8. O coletivo é conveniado à Fundação Abrinq, por meio do Projeto Coletivos.
Em uma das oficinas realizadas pelo coletivo, alguns dos alunos pediram para que Alysson Cintra, professor de capoeira do coletivo, fosse até o Incra 8 para ministrar aulas para a comunidade, pois uma criança precisava de apoio por lá. E foi assim que Alysson e sua esposa, também professora de capoeira, passaram a se deslocar duas vezes por semana para dedicar seu tempo e conhecimento àquela região.
Logo na segunda aula, Alysson conheceu a mãe de Luciano, que informou sobre a condição do menino. O professor prontamente passou a desenvolver as aulas para Luciano e para outras crianças da região.
“O Luciano está conosco há 2 anos. E ele vem em uma melhora grande. Quando eu o conheci, era uma criança que falava pouco, queria sempre ficar perto da mãe, caía bastante e quase não tinha equilíbrio. Aos poucos, conseguimos criar uma confiança. Hoje é um menino muito mais comunicativo, corre junto com as crianças e trouxe, até mesmo, toda a família para fazer aula de capoeira também”, afirma Alysson Cintra.
Hoje, as duas irmãs, o pai e a mãe de Luciano também começaram a fazer capoeira para apoiar o desenvolvimento do filho. Além disso, o pequeno também participará de uma exibição durante o Festival Internacional Pro Capoeira, que acontecerá em agosto.
A ideia, agora que Luciano apresentou tamanha melhora em sua desenvoltura física, é que ele continue fazendo aulas de capoeira para se fortalecer ainda mais.
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