“Hoje, é tudo tão diferente”, comenta Mariane (21) passando a mão pela sua barriga. Gestante, ela se mostra muito confiante e segura. Mas quem a conhece, sabe que nem sempre foi assim.
Aos 16 anos, a jovem passou pela sua primeira gestação: uma gravidez de risco e cheia de dúvidas. “Nas minhas idas ao hospital, eu não era bem orientada. Eu sentia que tinha algo errado”, lembra Mariane com os olhos cheios de lágrimas. “Era muito difícil não ter apoio”, completa a menina, que na época não teve acesso a um pré-natal de qualidade e perdeu o bebê.
Cinco anos depois, Mariane superou o trauma e na sua segunda gestação conta com todo o apoio e acompanhamento dos profissionais capacitados* pela Fundação Abrinq. Todos os meses, ela realiza o pré-natal, é orientada e esclarece as suas dúvidas.
“É uma nova oportunidade, depois de tanto medo. Estou muito feliz, porque meu filho está recebendo toda atenção. Eu vi que está tudo certo com ele. Não tem nada de risco”, conta. “Eu já até aprendi a amamentar… lógico que eu não sei como vai ser na hora, mas aprendi bastante coisa, inclusive sobre o parto”, completa a futura mamãe, feliz, segura e cheia de planos para quando o João* nascer. “Eu só quero que ele venha com saúde e isso eu sei que ele tem. Fico tranquila! ”.
* Para salvar vidas de recém-nascidos, a Fundação Abrinq desenvolveu durante dois anos um projeto em Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes, que capacita profissionais de saúde (enfermeiros, médicos e até mesmo agentes de saúde) nas temáticas de pré-natal, sobrevivência infantil e aleitamento materno.
* Nome fictício para proteger a identidade da criança.